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As vindimas, a tradição e o culminar de um ano de trabalho

2022-09-08

As vindimas, a tradição e o culminar de um ano de trabalho

O mês de setembro é tradicionalmente conhecido como a época das vindimas para muitas famílias portuguesas.

Antigamente, as vindimas eram celebradas como uma festa de convívio entre amigos e família, onde todos se reuniam ao som de música folclórica e partilhavam a experiência de vindimar, seguida de merecidas refeições.

Hoje em dia, a tradição perdura aliada a um forte convívio e ao trabalho árduo que inclui todas as gerações. Ainda há quem colha as uvas manualmente, embora já se utilize vários processos mecanizados para transformar as uvas em vinho.

Tradicionalmente, por terras lusitanas, a melhor altura para vindimar é entre setembro e outubro, quando as uvas já se encontram maduras, o que depende sempre das temperaturas do verão e da quantidade de pluviosidade do ano.

Em função da casta, os produtores de vinho têm a capacidade de escolher a data das vindimas que mais lhe convém para produzir o tipo de vinho que pretendem vender.

Neste(s) dia(s) em que é feita a colheita dos cachos usando a típica tesoura, muitas famílias acordam cedo e juntam-se para este evento anual, pois tradições como esta são ainda muito importantes para várias famílias que cresceram no mundo agrícola. Os pais ou avós sentem orgulho de ver o fruto dos seus vários anos de trabalho ser preservado e cuidado por toda a família.

Durante a colheita, as famílias aproveitam para pôr as novidades em dia e criar laços de proximidade fortes pois partilham um momento de trabalho árduo em conjunto.

Os melhores dias de vindima são os nublados, porque não se sente muita exaustão durante o trabalho devido ao calor e, simultaneamente, também não há exposição a chuvas que podem impedir a colheita dos cachos ou até mesmo prejudica-la.

Após as horas de trabalho da manhã é, normalmente, feito um almoço com todos os participantes em que o anfitrião da vindima, geralmente, o “chefe de família”, prepara comida para todos.

Seguindo a tradição, a pisa das uvas ainda pode ser feita da forma mais rústica, apesar de já existirem máquinas que façam esse processo. As primeiras 4 horas da pisa das uvas são muito importantes e precisam ser sincronizadas entre os participantes.

Na adega, as uvas são depositadas num pegão (balde de grande capacidade) e/ou selecionadas a partir de um tapete rolante. De seguida, é realizado o desengace das uvas (processo de separação das uvas do cacho) e o seu esmagamento, do qual resulta o mosto (sumo das uvas depois de prensadas). O mosto, por sua vez, é fermentado e assim transformado em álcool.

No final do processo de fermentação, o vinho é armazenado em depósitos de madeira, cimento ou inox até estar pronto para consumo. Segue-se o engarrafamento, a distribuição e, por fim, o brinde.

Esta é, felizmente, uma tradição que ainda é perservada um pouco por todo o país, apesar de ser cada vez menos.
 

Como despedida, deixamos aqui alguns dos provérbios relacionados com vindimas e os seus significados:

“Agosto madura, setembro vindima.”

Significado: Durante o mês de agosto, as uvas amadurecem. No mês de setembro, atingem a maturação ideal para fazer um bom vinho.

“Vinha que rebenta em abril dá pouco vinho para o barril.”

Significado: Em geral, as vinhas começam a desabrochar antes do mês de abril. Quando as vinhas rebentam mais tarde, a produção de vinho é menor, ou seja, produz-se pouco vinho para guardar nos barris.

“Gaba-te cesta rota, que vais à vindima.”

Significado: Esta expressão é dita, geralmente, a quem se gaba, tentando mostrar qualidades que não tem. A "cesta" é o artefacto utilizado para transportar as uvas. Uma "cesta rota" é uma cesta com buracos que, por essa razão, não tem qualidade para ser utilizada na vindima.

“Muita parra, pouca uva.”

Significado: Num sentido metafórico, este provérbio é utilizado para falar de alguém que tem muitas palavras, mas tem poucas obras.

“Até ao lavar dos cestos é vindima.”

Significado: Normalmente, a vindima termina com o lavar dos cestos. Num sentido metafórico, este provérbio aconselha-nos a esperar até ao fim de qualquer negócio ou projeto, sem desesperar ou retirar conclusões precipitadas.

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